Sou Psicanalista e Psicopedagogo , são mais de 35 anos de carreira na área da Educação:Diretor de Escolas, Diretor de Faculdades, Coordenador Pedagógico .
Enfim diariamente convivi com os dramas entre as famílias e a escola , alguns casos tinha-se "laudo" : défict de atenção, autismo, Asperger , e apesar da dificuldade em administrar pedagogicamente estes atendimentos,tínhamos um norte quanto ao trabalho.
Porém eu percebia nas escolas vários casos, tais como:
- Depressão.
-Desajuste social.
-Violência Latente.
-Sexualidade exacerbada.
-Vício Digital.
-Transtorno de ansiedade
-Fobias
-Síndrome de Pânico
* Isto nem sempre era diagnosticado, mas observado,lembro de conversar como minhas coordenadoras e psicopedagogas , orientando para uma " conversa com os responsáveis" .
Vejam isto com crianças e adolescentes, particularmente já percebi crianças com 7 anos com crise de ansiedade, bem como crianças com 9 anos tendo convulsões após uma " sessão" de jogos digitais , famílias em crise divórcio dos pais atingindo diretamente o comportamento dos filhos e cada vez mais adolescentes tendo episódios de depressão.
Apesar de todos esforços de Pedagogos e Terapeutas de toda a ordem , mais e mais os filhos estão ausentes da família , mesmo morando sob o mesmo lar existe uma desestrutura familiar a título do "mundo novo" , não me cabe sentenciar ou criticar é um fenômeno uma realidade e teremos que saber lidar com isto, todos nós.
Os patriarcas da Psicanálise Freud,Jung, Klein e lacan Certamente nos aparelharam para este enfrentamento deste novo , nas clínicas temos conseguido caminhar com uma sensível desenvoltura junto a nossas crianças e adolescentes ,porém a velocidade e quantidade é muita grande , os Médicos normalmente clínicos Gerais por sua vez medicam dentro do arsenal que lhes é possível, mas sabem que é necessário a parceria com o Terapeuta,para uma evolução consistente de um indivíduo em busca da autonomia de seus pacientes.
Nas escolas , afirmo que sem a ajuda dos pais a "parceria" pouco pode ser feito, a participação dos pais não pode ser um "placebo" , é preciso um trabalho diário e árduo de tolerância e compreensão entre ambas as partes.
Quando falo pais , digo familiares , responsáveis sejam eles quais são, a de se concordar que o modelo estrutural de papéis na família mudou consideravelmente!
Mitas vezes observei que os avós que funcionavam muito melhor que os pais quando se falava em orientação e disciplina , amor e dedicação.
Dito isto, quero deixar aqui como legado neste texto , minha percepção que , esta Geração que nasceu na era Digital , está sofrendo uma aceleração de fases , uma maturação acelerada no que tange a absorção do conhecimento e informação, a sexualidade é adiantada ( vejam o quanto as crianças sabem sobre sexualidade) , existe a individualização do processo do Brincar desta forma se perde e muito os processos da sociabilização , perda dos parâmetros sociais educação, respeito, moral assim os jovens não sabem como se comportar em sociedade .
E aqui nesta fase em separado digo que a "maioria" dos pais está se afastando afetivamente dos filhos e isto é DEVASTADOR!
A afetividade é como um pilar e sustentáculo de nossa personalidade , esta perda traz sérias consequências, na vida adulta de uma criança, não é por que seu filho(a) fica mais velha é que você têm que deixar de demonstrar sua afetividade.
A afetividade cria uma base emocional e certamente sedimentará um adulto equilibrado.
O fato é a percepção de que cada vez mais , as nossas criança , jovens e as famílias estão ficando doentes, Doenças orgânicas, Transtornos, Neuroses.
Não se engane são sintomas da sociedade que vivemos, o produto da forma que escolhemos viver.
Tratamento:
Afetividade, paciência, compaixão, verdade,disciplina e mais afetividade.
Cito Jesus Cristo:
"Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós também, .."
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